TELERJ – A marcha fúnebre prossegue …

No dia 31 de Março de 2014 cerca de mil pessoas okupam um prédio abandonado da empresa de telefonia “Telerj”, atual “Oi”, na zona Norte do Rio de Janeiro.

De forma horizontal, os moradores se organizaram e iniciaram a divisão de espaços e tarefas. Como sempre, a única interferência estatal, foi a vigilância da polícia.

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O local, que havia se tornado um grande depósito de entulho alagado, passou a ser revitalizado pelo, com e para o povo. Somente nos primeiros 5 dias, a Comlurb informou ter recolhido 25 toneladas de lixo.

No dia 8, os okupantes se reuniram com a Polícia Militar, órgãos da prefeitura e representantes jurídicos. Mediante às constantes propostas furadas do Estado, o encontro terminou sem acordo. No dia seguinte, a Oi já havia conseguido uma liminar que autorizava a reintegração.

Na manhã de hoje, dia 11 de Abril, as tropas fascistas do Prefeito Eduardo Paes invadiram o local para cumprir a ordem de desocupação. A população reage com protesto e incendeia carros e ônibus, incluindo viaturas da polícia, na tentativa de criar barricadas e impedir que a polícia destruisse o que foi construído e levasse seus pertences.

As cenas de repressão brutal estão registradas na sequência de fotos.

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Durante quase duas semanas, o número que cresceu para 6 mil, foi acompanhado por mídias livres, que registraram a alegria de famílias em consumar o sonho de uma moradia. Crianças, adultos e idosos trabalhavam como se estivessem brincando, e recebiam com afeto os que apareceram para apoiar.

 

Repudiamos o que o Estado chama de política de habitação, que funciona a base de remoções, bombas, tiros, retroescavadeiras e prisões.

Exigimos a interferência dos representantes de Direitos Humanos, que se eximem e assistem ao genocídio negro como se nada pudessem fazer.
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Admiramos e apoiamos a resistência dos okupantes da Telerj, que provaram a eficácia da autogestão e da ajuda mútua.

Convocamos coletivos e indivíduos para somar no combate ao lado do povo, em resposta imediata a mais uma ação do Estado fascista, que varre famílias inteiras para garantir a propriedade privada do Capital.

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Eles falam em nome da Fifa, nós falamos em nome do poder popular!

Okupação Telerj Resiste! Favela Resiste!

TELERJ – A MARCHA Fúnebre Prossegue …

Mídia Negra – São Paulo, 12/4/14
(A)

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